quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Lidando a desordem bipolar durante a gravidez

Qual a melhor alternativa para lidar com a bipolaridade durante a gravidez? Parar medicamentos? Continuá-los? Veja o que diz um estudo do "American Journal of Psychiatry"
Muitas mulheres com doenças mentais cronicas, incluindo distúrbio bipolar do humor, engravidam, ou pretendem engravidar em algum momento da vida. Lidar com a bipolaridade durante a gravidez é muito delicado, e tem que ser observado os riscos e benefícios da doença versus tratamento, isso deve ser feito com profissionais confiáveis, ambos, psiquiatra e obstetra. Muitas mulheres ficam preocupadas sobre o efeito da doença e sobre os efeitos dos medicamentos no feto. A bipolaridade geralmente emerge durante o início da vida adulta e presiste durante toda a vida, a doença geralmente envolve os primeiros anos do nascimento do primeiro filho. Gravidez e pós parto geralmente aumentam os sintomas de bipolaridade: mulheres que estão grávidas ou novas mães tem sete vezes o risco de internaçõs hospitalar e duas vezes o risco da recorrência de um novo episódio. Um estudo recente publicado no American Journal of Psychiatry também encontrou riscos substanciais associados com a descontinuidade dos remédios para bipolaridade durante o período da gravidez: Mulheres que descontinuaram os medicamentos entre os seis meses que antecederam a concepção e 12 meses após a concepção tiveram duas vezes mais chances de recorrência de episódio de crise da doença. (85.5 por cento comparado a 37.0 por cento).1 Estas mesmas mulheres experimentaram sintomas de bipolaridade em 40 por cento da gravidez, comparado com apenas 8.8 por cento das vezes das mulheres que continuaram com os medicamentos durante a gravidez. Mulheres que pararam os remédios abruptamente foram especialmente vulneráveis à reincidência. Planejar a gravidez é muito importante e pode ajudar as mulheres com bipolaridade a minimizar os sintomas no bebê e nelas mesmas. Esse planejamento deve acontecer bem antes da concepção, dada a importância das 4 primeiras semanas de concepção, e deve continuar durante toda a gravidez, o período pós parto, e o período de amamentação. Levando em conta que acontecem de muitas mulheres engravidarem sem nenhum tipo de planejamento, todas as mulheres em idade de reprodução devem conversar com seus psiquiatras sobre como lidar com bipolaridade durante a gravidez sejam quais forem seus planos sobre gravidez. Nosso conhecimento sobre os riscos de uma gravidez em mulheres bipolares sem tratamento, os riscos e benefícios de medicamentos específicios, e previsaão de recaída durante a gravidez ainda está em andamento. Uma revisao em um estudo realizado, concluiu-se que: Lithium e a primeira geração de antipsicóticos, (ex., Haldol, Thorazine) são estabilizadores de humor preferíveis durante a gravidez, porque mostram riscos mínimos ao feto. Alguns aonticonvulsivantes (e.x., Depakote e Tegretol) têm sido comprovadamente ser prejudiciais ao feto, possivelmente contribuindo com defeitos no nascimento. Estudos mostram ainda que, a exposição a apenas um tipo de estabilizador de humor é menor prejudicial ao desenvolvimento do feto to que a exposição à múltiplos medicamentos.
Mananging pregnancy and bipolar disorder (lidando com a bipolaridade durante a gravidez)
Extraído do www.nami.org
Com referências bibliográficas: 1. Viguera AC, Whitfield T, Baldessarini RJ, Newport DJ, Stowe Z, Reminick A, Zurick A and Cohen LS. (2007) Risk of recurrence of bipolar disorder during pregnancy: Prospective study of mood stabilizer discontinuation. American Journal of Psychiatry 164, 1817-18242. . 2. Yonkers KA, Wisner KL, Stowe Z, Leibenluft E, Cohen L. & Miller L. et al. (2004). Management of bipolar disorder during pregnancy and the postpartum period. American Journal of Psychiatry, 161, 608-620. Adapted from an article in NAMI Advocate, Spring/Summer 2004, by Laura Lee Hall, Ph.D., NAMI senior research director, and Tina Renneisen, NAMI intern. Update by Laudan Aron, April 2008.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Médicos brasileiros estão preparados para tratar de grávidas bipolares?

Analisando estudos realizados em outros países é possível notar que o Brasil ainda não está preparado para tratamento eficaz de grávidas com TBH
Todos sabem que a gravidez é um período onde ocorrem diversas mudanças físicas, fisiologicas e neurológicas. Você já parou para pensar como seria isso em uma mulher portadora do transtorno bipolar? A resposta é que é realmente difícil, pois a doença é complexa, rodeada de mitos e preconceitos por parte das pessoas, afinal, julgar é muito mais simples do que conhecer os reais motivos e veracidade de fatos, como a bipolaridade. Sempre que me disponho a fazer algo que realmente preciso, eu vou fundo, estudo e busco soluções. E devido a fatos que aconteceram comigo eu resolvi criar esse blog para ajudar a muitas mulheres na mesma situação. Recentemente, percebi que muitos psicólogos, psiquiatras e neurologistas no Brasil não estão preparados para tratar de mulheres que desejam engravidar e que são portadoras do transtorno bipolar. Quando toquei no assunto com minha psiquiatra, ela simplesmente falou que seria melhor que eu não engravidasse, que deixasse para depois... Insisti em saber com ela mais sobre o assunto, afinal, é a especialista na area, a psiquiatra, aquele profissional o qual você recorre em busca de respostas para perguntas complexas. O máximo que consegui foi: Você que sabe. Faço uso do Valproato que é altamente desaconselhável durante a gravidez. Achei um absurdo, pois, creio que para tudo tem solução, que há estudos em andamento, e que ninguém tem o direito de tirar seu sonho, assim, do nada. Depois, fui ao neurologista, percebi a total desinformação dele sobre o assunto, pois falou claramente que eu poderia engravidar fazendo uso do medicamento (Depakote). Isso me indignou, pois, eu já havia lido muito sobre os efeitos dessa medicação durante a gravidez, principalmente nos três primeiros meses. E conforme eu ia perguntando, ele ia desconversando e me falando de casos de mulheres que fizeram uso do medicamento e tiveram os bebês saudáveis. Logo, disse a ele, mas é claro! Existem percentuais de bebês que nascem com malformações. Isso não quer dizer que todos os bebês de mães que fizeram uso da substancia terão os mesmos problemas, claro que pode acontecer de nascerem perfeitos. Mas, acho que ele deveria ter sido mais claro sobre a falta de informação sobre o assunto, e não indicar nada sem antes saber as verdadeiras causas e efeitos colaterais. É simples, leia a bula de um medicamento à base de Divalproato de sódio que você vai saber como é contra-indicado em caso de gravidez. Não estou desfazendo dos médicos do nosso país, temos ótimos profissionais, mas com as experiências que tive, acho que estamos bem atrás de outros países nessa area. Graças à Deus, falo inglês fluentemente, e comecei a pesquisar em sites sérios, de hospitais internacionais, descobri centros médicos que tratam apenas de mulheres grávidas portadoras de transtornos, e isso foi minha principal motivação para criar esse blog, e trazer para todos vocês casos, sérios, com dados, números, embasamento teórico e estudos realizados em clínicas especializadas, e com isso tudo, uma coisa eu descobri, há sim, maneiras de nós mulheres portadoras de transtorno bipolar engravidarmos com o mínimo de risco possível, e com a ajuda de Deus, termos nossos filhos saudáveis. Isso foi um alívio para mim e quero dividir essas informações, esses estudos; pois dessa forma, trocando informações, nos sentiremos mais confiantes e felizes com nossa condição e saberemos que estaremos aptas, como qualquer outra pessoa a realizar sonhos, e nesse caso, termos a benção da maternidade.
Grande abraço

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Definição de TBH

O que é transtorno bipolar do humor?
Sinônimos e nomes relacionados: Psicose maníaco-depressiva, transtorno ou doença afetivo bipolar, incluindo tipos específicos de doenças ou transtornos do humor, como ciclotimia, hipomania e transtorno misto do humor. O que é a doença bipolar do humor: O Transtorno Bipolar do Humor, antigamente denominado de psicose maníaco-depressiva, é caracterizado por oscilações ou mudanças cíclicas de humor. Estas mudanças vão desde oscilações normais, como nos estados de alegria e tristeza, até mudanças patológicas acentuadas e diferentes do normal, como episódios de MANIA, HIPOMANIA, DEPRESSÃO e MISTOS. É uma doença de grande impacto na vida do paciente, de sua família e sociedade, causando prejuízos freqüentemente irreparáveis em vários setores da vida do indivíduo, como nas finanças, saúde, reputação, além do sofrimento psicológico. É relativamente comum, acometendo aproximadamente 8 a cada 100 indivíduos, manifestando-se igualmente em mulheres e homens. O que causa a doença bipolar do humor: A base da causa para a doença bipolar do humor não é inteiramente conhecida, assim como não o é para os demais distúrbios do humor. Sabe-se que os fatores biológicos (relativos a neurotransmissores cerebrais), genéticos, sociais e psicológicos somam-se no desencadeamento da doença. Em geral, os fatores genéticos e biológicos podem determinar como o indivíduo reage aos estressores psicológicos e sociais, mantendo a normalidade ou desencadeando doença. O transtorno bipolar do humor tem uma importante característica genética, de modo que a tendência familiar à doença pode ser observada. Como se manifesta a doença bipolar do humor: Pode iniciar na infância, geralmente com sintomas como irritabilidade intensa, impulsividade e aparentes “tempestades afetivas”. Um terço dos indivíduos manifestará a doença na adolescência e quase dois terços, até os 19 anos de idade, com muitos casos de mulheres podendo ter início entre os 45 e 50 anos. Raramente começa acima dos 50 anos, e quando isso acontece, é importante investigar outras causas. A mania (eufórica) é caracterizada por: Humor excessivamente animado, exaltado, eufórico, alegria exagerada e duradoura; Extrema irritabilidade, impaciência ou “pavio muito curto”; Agitação, inquietação física e mental; Aumento de energia, da atividade, começando muitas coisas ao mesmo tempo sem conseguir terminá-las Otimismo e confiança exageradas; Pouca capacidade de julgamento, incapacidade de discernir; Crenças irreais sobre as próprias capacidades ou poderes, acreditando possuir muitos dons ou poderes especiais; Idéias grandiosas; Pensamentos acelerados, fala muito rápida, pulando de uma idéia para outra,tagarelice; Facilidade em se distrair, incapacidade de se concentrar; Comportamento inadequado, provocador, intrometido, agressivo ou de risco; Gastos excessivos; Desinibição, aumento do contato social, expansividade; Aumento do impulso sexual; Agressividade física e/ou verbal; Insônia e pouca necessidade de sono; Uso de drogas, em especial cocaína, álcool e soníferos. *** Três ou mais sintomas aqui relacionados devem estar presentes por, no mínimo, uma semana; *** a hipomania é um estado de euforia mais leve que não compromete tanto a capacidade de funcionamento do paciente. Geralmente, passa despercebida por ser confundida com estados normais de alegria e devem durar no mínimo dois dias. Humor melancólico, depressivo; Perda de interesse ou prazer em atividades habitualmente interessantes; Sentimentos de tristeza, vazio, ou aparência chorosa/melancólica; Inquietação ou irritabilidade; Perda ou aumento de apetite/peso, mesmo sem estar de dieta; Excesso de sono ou incapacidade de dormir; Sentir-se ou estar agitado demais ou excessivamente devagar (lentidão); Fadiga ou perda de energia; Sentimentos de falta de esperança, culpa excessiva ou pessimismo; Dificuldade de concentração, de se lembrar das coisas ou de tomar decisões; Pensamentos de morte ou suicídio, planejamento ou tentativas de suicídio; Dores ou outros sintomas corporais persistentes, não provocados por doenças ou lesões físicas. A DEPRESSÃO, que pode ser de intensidade leve, moderada ou grave, É CARACTERIZADA POR: *** estes sintomas manifestam-se na maior parte do tempo por, pelo menos, DUAS semanas. O estado misto é caracterizado por: Sintomas depressivos e maníacos acentuados acontecendo simultaneamente; A pessoa pode sentir-se deprimida pela manhã e progressivamente eufórica com o passar do dia, ou vice-versa; Pode ainda apresentar-se agitada, acelerada e ao mesmo tempo queixar-se de angústia, desesperança e idéias de suicídio; Os sintomas freqüentemente incluem agitação, insônia e alterações do apetite. Nos casos mais graves, podem haver sintomas psicóticos (alucinações e delírios) e pensamentos suicidas; *** os sintomas devem estar presentes a maior parte dos dias por, no mínimo, uma semana. De que outras formas a doença bipolar do humor pode se manifestar: Existem três outras formas através das quais a doença bipolar do humor pode se manifestar, além de episódios bem definidos de mania e depressão. Uma primeira forma seria a hipomania, em que também ocorre estado de humor elevado e expansivo, eufórico, mas de forma mais suave. Um episódio hipomaníaco, ao contrário da mania, não é suficientemente grave para causar prejuízo no trabalho ou nas relações sociais, nem para exigir a hospitalização da pessoa. Uma segunda forma de apresentação da doença bipolar do humor seria a ocorrência de episódios mistos, quando em um mesmo dia haveria a alternância entre depressão e mania. Em poucas horas a pessoa pode chorar, ficar triste, sentindo-se sem valor e sem esperança, e no momento seguinte estar eufórica, sentindo-se capaz de tudo, ou irritada, falante e agressiva. A terceira forma da doença bipolar do humor seria aquela conhecida como transtorno ciclotímico, ou apenas ciclotimia, em que haveria uma alteração crônica e flutuante do humor, marcada por numerosos períodos com sintomas maníacos e numerosos períodos com sintomas depressivos, que se alternariam. Tais sintomas depressivos e maníacos não seriam suficientemente graves nem ocorreriam em quantidade suficiente para se ter certeza de se tratar de depressão e de mania, respectivamente. Seria, portanto, facilmente confundida com o jeito de ser da pessoa, marcada por instabilidade do humor. Como se diagnostica a doença bipolar do humor: O diagnóstico da doença bipolar do humor deve ser feito por um médico psiquiátrico baseado nos sintomas do paciente. Não há exames de imagem ou laboratoriais que auxiliem o diagnóstico. A dosagem de lítio no sangue só é feita para as pessoas que usam carbonato de lítio como tratamento medicamentoso, a fim de se acompanhar a resposta ao remédio. Como se trata a doença bipolar do humor: O tratamento, após o diagnóstico preciso, é medicamentoso, envolvendo uma classe de medicações chamada de estabilizadores do humor, da qual o carbonato de lítio é o mais estudado e o mais usado. A carbamazepina, a oxcarbazepina e o ácido valpróico também se mostram eficazes. Um acompanhamento psiquiátrico deve ser mantido por um longo período, sendo que algumas formas de psicoterapia podem colaborar para o tratamento.

Comece a ter mais saúde

Outro artigo que o Dr Cesar Vasconcellos me enviou e foi de grande ajuda foi este, espero que para você também possa significar uma mudança em seus hábitos.
Comece a ter mais saúde

"Ar puro, luz solar, abstinência (temperança), repouso, exercício, regime (dieta) conveniente, uso de água e confiança no poder divino - eis os verdadeiros remédios." Ellen G. White, Conselhos Sobre Saúde, p.90, Casa Publicadora Brasileira. 1)Respire profundamente ao ar livre, se possível, várias vezes ao levantar pela manhã e durante o dia. Evite ficar muito tempo onde não há ar circulante. 2)Tome sol pelo menos uns 15 minutos pela manhã, antes das 9h, ou à tarde, após 16h. 3)Evite fumo, bebidas alcoólicas, café, chá preto, tudo que contêm cafeína (bebidas tipo cola e guaraná). Use com moderação o saudável e elimine o prejudicial para sua saúde. 4)Durma de 7 a 9 horas por noite, evitando deitar após 22h. Para dormir melhor evite se alimentar à noite. Se precisar, coma algo leve 2 a 3 horas antes de deitar. Mantenha o quarto de dormir ventilado, escuro, com silêncio. Tendo dificuldade para dormir, tome um banho morno pode relaxar e pense: "Vou deitar e quando vier o sono, dormirei." 5)Exercite-se diariamente. Serviços domésticos não contam. Caminhar ao ar livre é o melhor. Se não está acostumado, comece com passos firmes quanto puder cada dia, aumentando até uma hora de exercício diário. Se preferir, ande de bicicleta ou pratique natação. É importante a constância do exercício (mínimo 3 vezes por semana). 6)Coma alimentos naturais, integrais, preparados de maneira simples. Tome um farto desjejum, um bom almoço e se precisar um leve lanche 3 horas antes de deitar. Mantenha intervalo de pelo menos 5 horas entre as refeições, tomando só água pura entre elas. Evite alimentos de origem animal, açúcar e frituras. Coma muita fruta, verduras, legumes, cereais integrais, castanhas, nozes. Use pouco óleo e sal. Coma algo cru diariamente. Varie o tipo de alimento cada semana. Evite produtos industrializados. 7)Beba 8 copos de água ao dia, longe das refeições, mesmo sem sentir sede. Comece com 1 copo em jejum ao acordar. No verão beba mais. Tome banho cada dia esfregando bem o corpo com uma bucha para ativar a circulação. 8)Tudo que você pensa influi no que sente e faz. Então, cultive pensamentos positivos, de confiança, de esperança e gratidão, não permitindo que fiquem em sua mente pensamentos negativos, os quais produzirão sentimentos negativos se não forem repelidos. Perdoe a si mesmo pelas suas falhas. Perdoe as pessoas pelas falhas delas em relação a você. Pense no que você pode fazer de útil para outros, e faça, e a cura virá. 9)Confie no DEUS CRIADOR que cuida sempre de Suas criaturas. Serenidade, perdão, aceitação, força para viver, vêm pela GRAÇA, que é o Poder de Deus para ajudar o ser humano. Comunique-se sempre com Ele pela oração, crendo que Ele atende você. Na oração, faça seus pedidos e expresse gratidão pelo que Ele tem feito em sua vida. Leia a Bíblia, meditando, cada dia, buscando nela a orientação de DEUS para a sua vida. Ellen G. White - adaptado por: Cesar Vasconcellos de Souza – psiquiatra e psicoterapeuta http://www.portalnatural.com.br/ Levando você à Vida! ©

Trastorno bipolar na infância

Transtorno bipolar na infância

Conheça algumas características diagnósticas desse transtorno

O transtorno bipolar pode ser categorizado como a ocorrência de oscilações no humor, alternando entre períodos de euforia (mania) e momentos de depressão e melancolia (APA, 2002). Sua prevalência na população geral varia entre 1 e 5% (ALCANTARA et al., 2005), sendo que muitos estudos têm sido realizados para uma melhor compreensão da doença, responsável por grande prejuízo ao funcionamento saudável da pessoa.De acordo com os manuais CID-10 e DSM-IV (guias de classificação de transtornos mentais), o diagnóstico definitivo deve ser realizado após os 18 anos de idade. Contudo, houve uma mudança significativa na compreensão clínica e científica dessa patologia nos últimos anos, e crianças e adolescentes passaram a ser diagnosticadas com esse transtorno (YOUNGSTROM et al., 2009). Tal fato deve-se, entre outros fatores, à constatação de que esse transtorno é resultante da interação entre o ambiente e a genética do indivíduo (MACHADO-VIEIRA et al., 2003).Na maioria dos casos, esse transtorno se desenvolve entre 15 e 19 anos de idade, contudo, também há casos diagnosticados antes dos 13 anos de idade (GOLDSTEIN et al., 2009; SANTOSH e CANAGARATNAM, 2008; RHODE e TRAMONTINA, 2005). A prevalência da patologia nessa população pode chegar a 4%, conforme alguns estudos (GOLDSTEIN et al., 2009; JOSHI e WILENS, 2009; SANTOSH e CANAGARATNAM, 2008).Em vista a tais dados, os esforços da comunidade científica para o aprimoramento do conhecimento acerca das particularidades do transtorno do humor bipolar na infância se intensificaram. Assim, muitos estudos começaram a ser realizados a respeito, a fim de identificar as características desse transtorno em crianças e adolescentes, discutindo se existem diferenças entre jovens e adultos ou mesmo se os critérios do DSM-IV podem ser aplicados aos casos de crianças e adolescentes, e quais desses critérios podem servir como base para um diagnóstico diferencial (YOUNGSTROM et al., 2009). Do mesmo modo, conforme alguns estudiosos salientam, o diagnóstico precoce da doença pode evitar uma série de danos ao paciente, comumente associados à doença (COSTA, 2008).Abordar esses estudos torna-se importante, uma vez que podem orientar as pessoas a respeito do tema, tendo em vista que ainda existe, em muitos meios, a crença de que crianças e adolescentes não apresentam transtornos mentais. Tal noção deve ser alterada, pois, o tratamento precoce de transtornos mentais possibilita um prognóstico mais favorável nessa idade que em adultos, quando as patologias podem estar definitivamente instaladas. Do mesmo modo, conforme coloca Costa (2008), o transtorno bipolar no adulto vem, muitas vezes, acompanhado de outras doenças, entre elas a dependência química, transtornos de ansiedade e outras afecções.De acordo com Santosh e Canagaratnam (2008), o diagnóstico do transtorno bipolar em crianças e adolescentes deve ser realizado por uma especialista em saúde mental da criança e do adolescente, auxiliado por uma análise prospectiva do humor, avaliando-se os sintomas apresentados versus os comportamentos esperados para cada idade. Além disso, os autores salientam acerca da importância de considerar-se o contexto no qual o indivíduo está inserido. Apesar de haver discordância em relação ao fato de “rotular” crianças e adolescentes na aferição de diagnóstico de algum transtorno mental, a severidade do transtorno bipolar e sua tendência incapacitante tornam crucial o seu adequado diagnóstico, de modo que um tratamento apropriado possa ser administrado.Em primeiro lugar, é importante frisar que o transtorno bipolar não é uma categoria diagnóstica única, existindo vários espectros que podem ser identificados, como os especificados na tabela abaixo. Tal categorização se fez necessária de modo a agrupar distintos graus de padecimento e para facilitar a administração de determinados fármacos, específicos para cada apresentação da doença.Tabela 1 – Espectros do transtorno bipolarFonte: Santosh e Canagaratnam, 2008.Youngstrom et al. (2009) colocam que o diagnóstico do distúrbio bipolar deve envolver uma série de instrumentos, sendo um destes a presença da história familiar positiva para a doença. Os questionários apenas devem ser utilizados em último caso, quando a história familiar é positiva, até porque na maioria dos países ainda não existem questionários validados para as populações jovens. Contudo, a história familiar aumenta o risco de desenvolvimento desse transtorno, mas é apenas uma parte dos critérios utilizados para esse diagnóstico, que deve abranger uma multiplicidade de instrumentos e medidas.A história familiar positiva para o transtorno bipolar está associada a 15% dos parentes de primeiro grau (SANTOSH e CANAGARATNAM, 2008). Além disso, Sweeney (2006) encontrou que problemas perinatais (no nascimento) aumentam o risco do desenvolvimento desse transtorno; portanto, uma história familiar positiva, associada a problemas perinatais, deve alertar o clínico acerca da possibilidade de desenvolvimento dessa patologia.Do mesmo modo, a irritabilidade frequente (episódios de raiva) é um dos sintomas que fazem parte do diagnóstico dos chamados “espectros bipolares”, embora essa característica também esteja associada a outros transtornos mentais, tais como o transtorno de déficit de atenção e do comportamento opositivo-desafiador (SANTOSH e CANAGARATNAM, 2008). Nesse sentido, observam-se dois indicadores, que podem sugerir que uma criança ou um adolescente possa estar desenvolvendo um transtorno bipolar: a história familiar positiva e a irritabilidade frequente.Porém, esses indicadores ainda são frágeis para um diagnóstico definitivo, sendo que devem apenas servir como um alerta de que algo não vai bem com o jovem, além do fato de que é necessária uma investigação mais aprofundada a respeito (SANTOSH e CANAGARATNAM, 2008; YOUNGSTROM et al., 2009).Considerando que o transtorno bipolar e seus espectros não podem ser diagnosticados utilizando-se todos os critérios do DSM-IV para a aferição na infância e adolescência, Staton et al. (2008) realizaram uma pesquisa de modo a identificar quais dos critérios desse manual podem ser aplicados a essa população.Os resultados do estudo indicaram que a presença periódica ou crônica de sintomas como grandiosidade e fuga de pensamentos associada com cinco critérios maníacos do DSM-IV (sem exigências de periodicidade) podem englobar a maioria das desordens pertencentes aos espectros do transtorno bipolar em crianças e adolescentes. Ademais, a periodicidade e grau dos sintomas maníacos e depressivos podem identificar os subtipos do transtorno bipolar pediátrico. Os autores acrescentam que o fenômeno de distração-desatenção e episódios de irritabilidade explosiva são altamente prevalentes nessa população. Esses sintomas deveriam ser observados para se iniciar um diagnóstico diferencial, salientam os pesquisadores (STATON et al., 2008).Estudo recente de Joshi e Wilens (2009), aponta que 90% dos casos de transtorno bipolar em jovens apresentam comorbidades, o que dificulta seu diagnóstico e até mesmo o seu tratamento. As comobidades mais associadas a esse transtorno são: Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, o uso e abuso de substâncias, o comportamento opositivo-desafiador, a ansiedade generalizada e até mesmos sintomas obsessivo-compulsivos. Casos com comorbidades associadas apresentam prognósticos mais reservados também para crianças e adolescentes.Considerando a constatação de que o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) pode ser uma condição de comorbidade para o transtorno bipolar, além de que ambos os transtornos apresentam alguns sintomas similares, tais como a distração-desatenção e os episódios de irritabilidade explosiva, Sharp et al. (2005) realizaram um estudo a fim de averiguar detalhadamente essa interação. Os cientistas conduziram avaliações neurocognitivas em crianças e adolescentes que apresentavam apenas o TDAH; outras com transtorno bipolar, sem ou com TDAH associado; comparando-as com resultados de crianças saudáveis. Os autores identificaram que as crianças com TDAH foram prejudicadas na sequência de tarefas repetitivas, e as com transtorno bipolar revelaram prejuízos em tarefas sequenciais, devido, sobretudo, a uma atenção inconstante, marco do prejuízo cognitivo decorrente da doença.De acordo com pesquisa realizada por Goldstein et al. (2009), com jovens entre 7 a 17 anos, diagnosticados com transtorno bipolar, verificou-se que essa população apresenta vários prejuízos psicossociais, que afetam a vida acadêmica e pessoal, independente da idade. As variáveis preditivas de maior prejuízo identificadas pelos autores foram: episódio atual de humor, severidade dos sintomas afetivos atuais, sintomas psicóticos atuais e comorbidades atuais. Durante os episódios de humor, os prejuízos psicossociais foram mais intensos. No entanto, mesmo na remissão parcial desses episódios, os prejuízos psicossociais também puderam ser identificados, embora em menor grau. Ademias, os prejuízos se intensificaram na adolescência.Em relação a modificações nas estruturas cerebrais, Caetano et al. (2005) verificaram anormalidades nas estruturas fronto-límbicas em crianças e adolescentes semelhantes às encontradas em adultos. Os pesquisadores verificaram tais alterações através da análise de imagens de testes de ressonância magnética e espectroscopia de ressonância magnética. Uma exceção observada foi que, nesses jovens, o volume da amígdala cerebral apresentou-se menor que o comparado com jovens saudáveis, o que não foi identificado na maioria dos estudos com adultos.Também diferencialmente de adultos e jovens saudáveis, Ahn et al. (2007) identificaram que crianças e adolescentes com transtorno bipolar revelaram maior volume do núcleo acumbens direito, sugerindo um fenômeno neurodesenvovimental. Corroborando com esses achados, Caetano et al. (2008) encontraram que as anormalidades no corpo caloso, provavelmente devido à mielinização alterada durante o processo neurodesenvolvimental, podem ter um papel na patofisiologia do transtorno bipolar nas crianças e adolescentes, similar ao revelado em adultos.Por sua vez, Pavuluri et al. (2008), em recente estudo, identificaram que, diante de condições de afeto negativo para uma condição neutra, crianças e adolescentes com transtorno bipolar demonstraram maior ativação do córtex cingulado anterior bilateral e na amígdala esquerda, além de menor ativação do córtex pré-frontal ventro-lateral. Na condição de afeto positivo, não houve ativação dessas áreas. Esse padrão de alteração funcional afetiva e cognitiva pode contribuir com a capacidade reduzida para a regulação de afetos e para o autocontrole comportamental no transtorno bipolar pediátrico, sugere o estudo.Considerações finaisEssa revisão teve por objetivo elucidar algumas questões pontuais relativas à presença de transtornos mentais em crianças e adolescentes, sobretudo o transtorno de humor bipolar. Foi possível observar que o transtorno bipolar pediátrico incide sobre crianças e adolescentes em distintos níveis, desde comportamentais até neurológicos, sendo necessário um diagnóstico precoce da patologia para a administração de um tratamento efetivo.Muitos pais podem ter receio de tratarem seus filhos com medicações convencionais, acreditando que estas possam ser prejudiciais às crianças. Embora toda medicação incorra em alguns efeitos colaterais, os prejuízos dessa patologia para a vida de crianças e adolescentes são tão severos que sobrepujam qualquer possível efeito indesejado em decorrência do uso. Alguns tratamentos alternativos (exercícios físicos, dieta balanceada, acupuntura, massagem e administração de Omega-3) foram estudados ao longo do tempo, mas com efeitos controversos e questionáveis no tocante a efetividade da remissão dos sintomas dessa patologia, podendo ser utilizados apenas como coadjuvantes ao tratamento medicamentoso tradicional (POTTER et al., 2009).O tratamento psicoterápico também é uma necessidade premente nesses casos, auxiliando a remissão dos sintomas. Dentre estes, destaca-se as abordagens cognitivo-comportamentais, com foco na reestruturação cognitiva do paciente e na continua monitoração da sintomatologia. Do mesmo modo, os pais e cuidadores diretos também devem passar por programas psicossociais, de modo a receberem informações precisas acerca da patologia e empreenderem processos de reeducação, como um fator importante para o apoio ao tratamento de crianças e adolescentes com transtorno bipolar pediátrico.ReferênciasAHN, M. S. et al. 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Desordem bipolar e traumas da infância

Saúde mental e você - Desordem bipolar e traumas da infância
Por Doutor Cesar Vasconcellos de Souza
Fiz uma consulta on line com um experiente médico, que me enviou esse artigo e acho válido, para nós, bipolares que leiamos com atenção, pois foram dicas muito preciosas para minha vida, conhecer realmente a origem do problema, para poder lidar melhor com ele.
Desordem Bipolar e Traumas da Infância
O que determina uma enfermidade mental num indivíduo tem que ver com três fatores gerais: (1)hereditariedade, (2)qualidade afetiva do meio-ambiente onde a pessoa passou seus primeiros anos de vida e (3)sensibilidade pessoal. Se houve a mesma doença (física ou mental) na família em parentes próximos (pais, tios, primos, avós), se os primeiros anos de vida foram vividos em ambiente familiar complicado, abusivo, traumático, e se a pessoa é muito sensível para questões afetivas (baixo limiar de frustração, insegurança, timidez, dependente, muito emotivo), então é muito provável que esta pessoa possa desenvolver alguma desordem emocional ao longo de sua vida, mesmo que não seja grave. A desordem afetiva bipolar caracteriza-se por alterações do humor às vezes com comportamento eufórico (mania), com fuga de idéias, aceleração do pensamento, idéias grandiosas, agitação psicomotora, comportamento de risco (sexual ou outro), irritabilidade importante e outras vezes com episódios depressivos. Há o bipolar Tipo 1, o mais grave e o Tipo 2 que é mais atenuado. Uma pessoa pode ter apenas um episódio eufórico ou depressivo na vida, seguido de outras crises opostas, assim como outras variantes. Gabriele S Leverich e Robert M Post, do Biological Psychiatry Branch do NIMH (Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos), e do NIH (Instituto Nacional de Saúde) são os autores do artigo científico “Curso da Desordem Bipolar Após História de Trauma na Infância” publicado na respeitada revista médica The Lancet, vol. 367, 1 Abril 2006, pág. 1040-1042, no qual relatam que encontraram (citam estudo com 651 pacientes bipolares, e outro com 373) que pessoas com traumas psicológicos ao longo da infância tiveram um início e um curso da doença bipolar mais severos do que as pessoas sem história de traumas emocionais na infância e que também desenvolveram o mesmo transtorno. Há achados semelhantes em diferentes populações clínicas. As pessoas que tiveram importantes problemas durante a infância, comparadas com as que não os tiveram, apresentaram maior número de episódios maníacos (eufóricos) e depressivos, um padrão de mais rápida mudança de humor (ciclagem rápida), mais tentativas de suicídio e um aumento do número de outras desordens, clínicas e psiquiátricas, incluindo uma mais alta incidência de abuso de álcool ou outra droga. De 631 pacientes bipolares estudados por Leverich e Post, 220 (33.8%) foram vítimas de abusos físicos e 431 (66.2%) não. Os que foram vítimas de abusos têm uma maior história pessoal e familiar de abuso de substâncias e um pior curso da doença do que aqueles sem trauma na infância. Ellen G. White, educadora norte-americana, afirma que: “As lições que a criança aprende durante os primeiros sete anos de vida têm mais que ver com a formação do seu caráter que tudo que ela aprenda em anos posteriores.” (“Orientação da Criança”, 193, Casa Publicadora Brasileira). O tipo de resposta emocional diante dos conflitos da infância que uma criança assume é algo muito pessoal dela. Filhos de um mesmo pai e mãe, criados num mesmo ambiente desenvolvem comportamentos diferentes ao longo da vida. Há algo particular em cada pessoa que a leva para esta ou aquela direção em termos de desenvolver ou não uma enfermidade mental. Isto a ciência ainda não consegue explicar bem. Comportamentos equivocados de pais e mães para com os filhos explicam somente em parte o que ocorre com o filho. Erros dos pais na criação dos filhos favorecem o surgimento de desordens emocionais neles, mas não determinam isto. Os pais não causam a doença. Cada pessoa toma um rumo pessoal por escolhas pessoais e devido à sensibilidade pessoal diante do que ocorreu e ocorre em sua vida. Mais importante do que os pais fizeram com os filhos, é o que os filhos fazem com o que os pais fizeram. Cesar Vasconcellos de Souza http://www.portalnatural.com.br

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Bipolares famosos

Bipolares famosos
Ser bipolar não é uma moda, nem algo que possa fazer com que uma pessoa se orgulhe de sua condição, entretanto, há debates sobre a genialidade de pessoas bipolares, penso que isso nos sirva de consolo ou mesmo um empurrão para que possamos aproveitar nossos melhores momentos para fazer coisas boas, coisas que possam mudar (para melhor) a vida dos que nos rodeiam, e somente depois, podermos ir mais longe que isso...
Eis:
Hans Christian Andersen, escritorAdam Ant, músicoCharles Pierre Baudelaire, escritor e poetaThomas Lovell Beddoes, poeta e dramaturgoLudwig van Beethoven, compositorHector Berlioz, compositorLudwig Boltzmann, físico e matemáticoLord Byron, poetaWinston Churchill, político, Primeiro Ministro da InglaterraCharles Dickens, escritorRichard Dreyfuss, atorRalph Waldo Emerson, autor, poeta e filósofoFrancis Scott Key Fitzgerald, escritorWilliam Faulkner, escritorJohann Goethe, escritorErnest Hemingway, escritorJimi Hendrix, músico e guitarristaHermann Hesse, escritorJohn Keats, poetaPatrick Kroupa, escritor e hackerBill Lichtenstein, cineasta e jornalistaVivien Leigh, atrizAbraham Lincoln, presidente estadunidenseGustav Mahler, músicoKristy McNichol, atrizEdvard Munch, pintorIsaac Newton, cientistaFlorence Nightingale, enfermeiraGeorgia O’Keeffe, artista plásticaOzzy Osbourne, músico e cantorSylvia Plath, poetisaCharlie Parker, músicoEdgar Allan Poe, escritorJackson Pollack, pintorTrent Reznor, músicoRobert Schumann, compositorSting, músicoMark Twain, escritorAlfred, Lord Tennyson, escritorVincent Van Gogh, pintorTennessee Williams, escritorVirginia Woolf, poetisa e escritora